Bio 3 Painting

complexidade da vida como fenômeno biológico e a nossa dificuldade em compreendê-la plenamente, visto que estamos inseridos nela. A vida manifesta-se tanto dentro quanto fora de nós, em formas e cores que se comunicam misteriosamente entre si e conosco. O artista Lavalle, em sua obra, investiga essa forma biológica, criando corpos híbridos que mesclam animais e vegetais. Suas obras evocam o estranho e o inquietante, remetendo a gravuras antigas de seres fantásticos, com questionamentos sobre a essência da matéria viva, a vida e a morte. A hibridização entre seres vivos na pintura de Lavalle reflete as técnicas artísticas utilizadas por ele, que combinam pintura tradicional e gravura (como carimbo, monotipia e estêncil). As obras são de grandes dimensões, envolvendo o espectador fisicamente, criando uma experiência que provoca tanto atração quanto repulsa. As bioformas apresentadas são construídas por associações intuitivas entre seres e imagens de diferentes gêneros, integrando elementos de paisagem, natureza-morta e imagens científicas ou cinematográficas. A pesquisa poética de Lavalle desconstrói e reconstrói organismos em quimeras que simbolizam o humano e suas condições mentais e sociais, com reflexões sobre consumismo, sexualidade e mitologia. A pintura de Lavalle encena a proliferação da vida, com seus aspectos ameaçadores, fascinantes e sensuais, para abordar a própria condição humana.