No man's land Painting

O estudo deste projecto incide nos conceitos de barreiras e proibições, pensando-a como um corpo de trabalho que expressa o reconhecimento de um novo tipo de paisagem urbana, algumas vezes, a partir de fotografia autoral. Pinto cenários e paisagens criados a partir de um conjunto de objectos, estranhamente, juntos, jogando com as formas e o espaço negativo, através de um processo de subtração. Com a fotografia, capto momentos e objectos que me fazem sentir a curiosidade em conhecer algo novo. Interesso-me em captar objectos encontrados em posições anormais, que transformam o seu propósito no espaço e geram um novo significado no mundo físico. Expresso o reconhecimento de um novo tipo de paisagem urbana, incorporo objetos comuns na navegação e apreciação dos espaços. Temos a necessidade de sentir controlo dos assuntos pessoais e do que acontece fora do nosso alcance, dá-nos conforto. Esta sensação de ordem age como um escudo contra a imprevisibilidade do caos que é o mundo. O meu trabalho é uma examinação dos pormenores patentes no caos e como acabam por fazer parte da normalidade. Uso objetos como denominadores comuns do nosso ambiente urbano e dou um foco especial ao tema das barreiras, com tudo o que delimita. O interior do exterior, a pele que nos protege das agressões exteriores. O que é socialmente aceite e o que não é. O que é moralmente aceite e o que não é. O que é eticamente aceite e o que não é. O fino limite entre a sanidade e a sua ausência.