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Sculpture, Stone on Marble
Size: 11.8 W x 7.1 H x 11.8 D in
Ships in a Crate
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Em todas as minhas obras procuro deixar as marcas da sua essência. A sua textura natural, as feridas dos ferros que as arrancaram das entranhas da terra. Por fim, já com o bloco bruto, pousado na banca da oficina, ficam as marcas das ferramentas que lhes deram alma. São estas marcas na pedra, que evito apagar, nas lutas e diálogos que venho travando com a matéria, ao longo de dias, semanas, meses e anos. Carlos Rodrigues
Stone on Marble
125
11.8 W x 7.1 H x 11.8 D in
Not Framed
No
Ships in a Crate
Typically 5-7 business days for domestic shipments, 10-14 business days for international shipments.
Ships in a wooden crate for additional protection of heavy or oversized artworks. Artists are responsible for packaging and adhering to Saatchi Art’s packaging guidelines.
Portugal.
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Portugal
Cresci num meio envolvido por blocos de mármore, consequência da ligação familiar a uma oficina de transformação de mármores. É neste meio que cresço e isso influenciou o meu futuro. Durante a minha infância e adolescência, segui atentamente o meu pai, que trabalhava com grande mestria obras de arte sacra, em enormes blocos de mármore. Fui crescendo a ouvir a toada da maceta a bater no cisel, a ver os antigos discos de carvão da rebarbadora a penetrar o mármore duro, deixando, no ar, uma nuvem de pó suave e quente, que ao poisar na pele, pinta de branco, como se tudo à sua volta fizesse parte do mesmo bloco. O tempo desvendou-me segredos que o mármore esconde e, pouco a pouco, fui dominando técnicas para contrariar a sua dureza, ver onde me levava o seu raiado e sentir nas mãos sensibilidade para dominar tão nobre matéria. Fiz a minha primeira exposição, na galeria do posto de turismo de Vila do Conde. Sem escola e sem recorrer a estilos ou tendências, dei o título de “Pedras Soltas”, à exposição, pois era o juntar de vários trabalhos, que fui acumulando nos recantos da minha casa.Em 1985 numa visita ao Simpósio de Escultura em mármore, "Porto 1985" no Palácio de Cristal, conheço aquele que se tornou uma referência para mim… o escultor João Cutileiro. Começo a seguir a sua obra, atentamente e, numa visita à cidade de Lagos, conheço o polémico D. Sebastião.Em 1990, visito, na Fundação Gulbenkian, uma retrospetiva da sua obra, que me deu uma visão mais alargada do seu trabalho. Sem o conhecer, pessoalmente, em 1995, participo numa exposição coletiva no Porto. Mais, recentemente, voltou a acontecer, numa exposição coletiva, onde também fazia parte o mestre José Rodrigues, na galeria DaVinci no Porto. Mais tarde conheci o mestre José Rodrigues, com quem tive uma relação artística mais próxima. Trabalhei como seu assistente, executando inúmeras obras em mármore para o escultor, pois a pedra nunca foi a sua área. Frequentava constantemente a “Cooperativa Artística Árvore”, onde o mestre José Rodrigues era diretor. O acumular de todas estas vivências, deram-me outra visão da escultura e da pedra.Nas minhas obras, procuro deixar na pedra as marcas da sua essência, a sua textura natural, as feridas dos ferros que as arrancaram das entranhas da terra. Por fim, já com o bloco bruto, pousado na banca da oficina, ficam as marcas das ferramentas que lhes deram alma.
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